domingo, 18 de julho de 2010

» I « miss.. you

Um cenário doce romantico qualquer um se apaixonaria. O som do vento nas folhas secas das arvores, e da agua escorrendo pelos rios que passavam. A temperatura dos braços dele envoltos em mim era mais do que eu havia imaginado, olha-lo no  rosto e sorrir pra ele, era quase inacreditável.
Era tudo perfeito, deitada no colo dele, com a duvida entre olhar o seu rosto ou o ceu que estava sem nuvem alguma, apenas aquele azul.. Eu estava pedindo para o tempo não passar, mas o céu já começava a escurecer e as estrelas a nos iluminar.
Abraçada com ele numa satisfação profunda, minha vontade de beijá-lo não passava só aumentava, me levantei, segurei delicadamente naqueles braços que me esquentavam naquele vento da noite, olhei fixamente de novo nos olhos dele, e numa triste surpresa ele nunca esteve ali.
De cabeça baixa caminhei sobre as folhas secas que caiam conforme o vento tocava os galhos das arvores, lembrando do meu dia, e tentando acreditar que tudo fora apenas um delírio.
Cada lágrima, me fazia ter mais vontade de correr, mas meu corpo pesava, meus sentidos foram ficando lentos...
Amanheceu e eu não me sentia a mesma, já não era confortavel, apesar de descobrir que em todo aquele jardim que eu realmente acreditei que estive com ele, ele nunca esteve, eu não deixei de ter a esperança de que ele chegaria, entretanto a esperança que me cercava nao foi capaz de me isolar da tristeza, sentada na sombra de uma daquelas arvores altas, coloquei as mãos no rosto, e rolando até a boca senti o gosto de uma gota de lágrima salgada.


- Por que ele não estava aqui? 


Não tenho certeza se foi saudade, mas era como se estivesse me faltando algo, mas eu já o  tinha, era um sentimento incompreensivel. Uma chuva fina começou a cair que de repente engrossou e molhava meu corpo, andei devagar olhando meu reflexo nas poças que se formavam no chão, meu cabelo molhado, a água escorrendo pelo rosto, matei minha vontade de correr, e lá estava eu correndo pela chuva, numa vontade tao surpreendente que até parecia que eu estava a ponto de encontra-lo , mas não,  eu só estava chegando em casa, para me proteger, na minha cabeça os braços dele eram minha maior proteção.
Parecia inacreditável, ou para alguns,  até coisa do destino, asim que coloquei os pés na cozinha, o telefone tocou, me assustei e imediatamente corri para atende-lo:

-Alo, amor?
-Amor? Voce não faz ideia do que me aconteceu.Eu..
-Amor deixe para me contar mais tarde pessoalmente, se não vou perder o voo, estou tentando te ligar a horas, mas voce nao atendia, estou indo, até logo, te amo muito.

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